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Casa Ronald McDonald Belém completa 8 anos e reforça importância de doações em tempos de pandemia

Uma Casa longe de Casa. Este é o conceito da Casa Ronald McDonald Belém que comemora, nesta sexta-feira, dia 26, oito anos de história na oncologia pediátrica do país. A instituição, sem fins lucrativos, acolhe crianças e adolescentes com câncer oriundos dos interiores do Pará e de estados vizinhos para tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, na capital paraense.

Antes, muitos destes pacientes não aderiam ao tratamento oferecido apenas na capital paraense pelos custos de estadias. E por isso, para que essas famílias continuem lutando contra a doença, a Casa Ronald McDonald Belém oferece gratuitamente hospedagem, alimentação, transporte e suporte psicossocial.
Apesar dos tempos incertos para instituições sem fins lucrativos devido à crise mundial com a COVID-19, a Casa Ronald McDonald Belém comemora a solidariedade, que mesmo em tempos de pandemia continua recebendo apoio dos doadores, e reforça a importância das doações para se manter.

Raquel Fontenelle, gerente da instituição, explica que sem o apoio da Casa as famílias não conseguiriam passar por todo o processo doloroso que é o tratamento do câncer. “Aqui elas se sentem acolhidas, por isso o slogan é uma Casa longe de casa. A falta que elas sentem de casa, a gente tenta compensar tratando com carinho e respeito. Nesses longos oito anos de existência, a Casa serve de apoio e sustentabilidade para essas pessoas”, conta.

Para a gerente, mesmo com a pandemia, a solidariedade ainda continua. “É certo que com as dificuldades, muitos não puderam continuar doando, mas os poucos que ficaram passaram a doar um pouco mais, A gente vê que mediante tudo isso que aconteceu, a causa fala mais alto”, comemorou.

O presidente da instituição, Raimundo de Vasconcelos Oliveira, relata que o sentimento pela casa é de solidariedade eterna, voltada especificamente, para as crianças e adolescentes assistidos. “Um sentimento cristão que reflete a necessidade de sermos humanos com aqueles que mais precisam; sentimento de quem serve, vive mais feliz do que aquele que é servido”, relata.

Sobre a Casa Ronald McDonald Belém- A casa possui 35 suítes, hospedando 35 famílias, no total de 3.973 acolhimentos desde sua inauguração, em 2012. São nove salas de convivência, brinquedoteca, auditório, refeitório, sala para oficinas de diversas atividades, além de áreas de cunho administrativo.

Uma das hóspedes da Casa Ronald Belém é a adolescente Larissa Pinheiro Lobato, 16 anos, natural do município de Macapá do estado de Amapá. Ela está na Casa há 1 ano e 10 meses. Para ela, a instituição representa uma segunda família. “Se não fosse a Casa Ronald Belém, que nos acolheu com todo conforto possível nem sei onde estaria agora”, contou.

Desde os primeiros sintomas foi um longo processo de exames até Larissa ser encaminhada para Belém, onde foi diagnosticada com Leucemia. Foi no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo que ficou sabendo da Casa Ronald Belém e conseguiu uma vaga. “No início foi tudo novo e diferente, mas a gente chega aqui e se apega com as crianças, com as mãezinhas e com os colaboradores. A gente se torna uma família muito unida”, celebrou Larissa Pinheiro.

Doações em tempos de pandemia- Bazares, feiras, festas comemorativas, leilões, jantares e almoços beneficentes eram as principais ações para arrecadar fundos antes da pandemia. A Casa Ronald Belém tem se reinventado dando continuidade ao seu trabalho. Assim, criou fluxos, e tipos de doações; como eventos em que as pessoas doem sem precisar ter, principalmente, o contato com as crianças que fazem tratamento de câ ncer e já possuem imunidade baixa.

A instituição tem feito rifas online, parcerias com lives, entres outras inovações. Também estão sendo feitas campanhas nas redes sociais, para justamente receber o mínimo de continuidade, que é a alimentação, produtos de higiene, álcool em gel e máscaras, que são produtos contínuos que está em escassez.

Segundo a coordenadora de Captação de Recursos da Casa, Bianca Ferreira, a instituição está se adaptando com a situação atual. “Estamos tendo que nos reinventar, já que nós fazíamos vários eventos presenciais para arrecadar recursos. As lives têm sido uma nova alternativa e estamos felizes por sermos beneficiados por alguns artistas”, frisou.