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A paixão em ensinar turismo na Amazônia

15 de outubro, no Brasil, marca a celebração em homenagem ao Dia do Professor. O portal Pará Trip fez uma entrevista estilo ping-pong com Giselle Assis, de 41 anos, professora e doutora, que há uma década ensina na Faculdade de Turismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém.

Giselle Assis conta que se tornou professora por opção e paixão. “Aos 24 anos, assim que concluí o mestrado em Turismo e Hotelaria pela Univali, comecei a lecionar. A docência foi minha primeira experiência profissional, pela qual me apaixonei, e à qual exerço há 17 anos”, lembra.

Confira a entrevista completa:

Portal Pará Trip – O que a levou para a docência?
Giselle – A enorme vontade de conhecer as identidades culturais dos destinos turísticos. Quando criança, eu sempre viajava com meus pais; e isso despertou em mim o interesse na diversidade cultural. O turismo foi o curso que se apresentou àquela época (década de 90) como o mais favorável para estudar os destinos e os seus atrativos culturais.

Portal Pará Trip – O significa ser professora de turismo na Amazônia?
Giselle – Educar os futuros turismólogos para desenvolver um olhar holístico, interdisciplinar e orientado para a complexidade do turismo enquanto fenômeno antropossocial, ou seja, orientar para analisar o turismo como uma ação humana que engloba trocas múltiplas no território de destino. Pensar a Amazônia, como um território disponível ao turismo, é vislumbrar diversas possibilidades de trocas entre turistas e populações locais, atravessadas por interesses simbólicos e econômicos, e mediadas por experiências turísticas ancoradas na natureza e cultura. Por essa perspectiva, almeja-se uma educação para o turismo que favoreça a valorização das populações locais como protagonistas das ofertas turísticas do século XXI.

Portal Pará Trip – Quais os desafios do turismo na Amazônia, para o período pós-pandemia?
Giselle – Fomentar o turismo regional. A pandemia, ao impor restrições de deslocamento, favoreceu o trânsito para pequenas distâncias. Essa conjuntura é uma excelente oportunidade para o turismo regional se fortalecer, desde que o poder público compreenda o seu papel nesse contexto, por meio de investimentos em infraestrutura de acesso e transportes, e, ainda, em capacitação da mão de obra local. Muito se fala do enorme potencial da Amazônia para o turismo. Está na hora de deixarmos de sermos um potencial, ou seja, algo que “pode vir a ser”, para nos transformarmos em destino que é preparado para o turismo.

Por Isa Arnour, repórter Portal Pará Trip
Imagem: Divulgação