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Documentário “Vicente Franz Cecim ó Serdespanto – Viagem a Andara” é lançado dentro do FICCA nesta quarta-feira, 14.

Após as mostras competitivas e a culminância do Festival Internacional de Cinema do
Caeté em Bragança no último final de semana, o FICCA também apresenta suas mostras
paralelas no Cine Líbero Luxardo nestas terça e quarta-feira. As mostras “Sérgio Santeiro e
a defesa do cinema brasileiro”, “O Exercito e o exercício cinematográfico”, de Ana Tinoco, e
“O Cinema Invisível de Vicente Cecim” inciam às 14h e seguem até 19h, sendo que na
quarta-feira, dia 14, haverá o lançamento do documentário do fotógrafo e realizador de
audiovisual Bruno Cecim: “Vicente Franz Cecim ó Serdespanto – Viagem a Andara”.

O documentário é uma viagem feita pelo filho de Vicente Franz Cecim, Bruno Cecim, na
companhia de amigos e pessoas próximas ao escritor, poeta e cineasta amazônida, falecido
em 2021. De forma não linear, a produção visita o universo de Andara, criado por Vicente
Cecim, de como ele sentia e sonhava a vida, relatando o percurso que fez para enxergar
um mundo oculto, nos trechos do “Livro Invisível”, os livros visíveis de Andara, assim como
nos filmes que chamou de KinemAndara. O documentário faz uma leitura de parte da vida e
das obras deste grande escritor paraense que transfigurou a Amazônia numa metáfora.

Bruno explica que a ideia do doc surgiu ainda no ano passado, quando começou a receber
vídeos-mensagem de artistas e amigos de seu pai. Após o lançamento deste primeiro
vídeo-homenagem, o diretor percebeu a necessidade de criar um novo filme e assim, a
partir de entrevistas de artistas, amigos, de Vicente Cecim e do próprio Bruno, o
documentário foi montado se tornando um média-metragem de 50 minutos.

O fotógrafo também diz que o documentário conta com diversas imagens de arquivos e
entrevistas do escritor à canais de televisão, incluindo programas em Portugal onde Vicente
foi homenageado. Também fazem parte da viagem proposta pelo diretor Bruno Cecim: o
escritor Marcelino Freire, o jornalista e roteirista Marsal de Aquino, o ator Cacá Carvalho, o
crítico de arte Oscar Ambrósio e muitos outros com os quais tiveram alguma relação com o
criador de Andara.

“O mais interessante nesse processo é que parece que esse filme foi dirigido pelo meu pai e
não por mim. Na hora da edição, acontecia essa mágica”, confidencia Bruno. “Nesse filme
eu tento mostra sobre e também sobre Andara, esse universo que ele criou e bastante
sobre a questão que ele trabalhava na obra, que é o invisível. Então a pessoa pode
entender um pouco mais do que ele fez, mas como não é uma coisa tão fácil de entender
pode até dar um ‘nó’ na cabeça”, diz o diretor, ressaltando se tratar de um filme onde a vida
e a obra criada por Vicente estão sendo reverenciadas como algo indivisível.

Bruno também acredita que o documentário possa se tornar um guia para quem quiser
conhecer e se aprofundar na obra deixada por seu pai, o universo de Andara e toda sua
poética. “Por ser um filme com todo o recurso de imagens é possível que a densidade da
obra, dos livros do meu pai, se torne um pouco mais tranquilo de compreender”, avalia.
O documentário dirigido por Bruno Cecim: “Vicente Franz Cecim ó Serdespanto – Viagem a
Andara”, será lançado nesta quarta-feira, dia 14, às 15h no Cine Líbero Luxardo da
Fundação Cultural do Pará.

Abaixo a programação dos dois dias de Mostras do FICCA 2022:
14h – Mostra Sérgio Santeiro e a defesa do cinema brasileiro
15h – Mostra O Cinema Invisível de Vicente Cecim
16h – Mostra O EXERCITO e o exercício cinematográfico de Ana Tinoco (Portugal)
17 – Exibição de filmes premiados pelo VIII FICCA
19h – Encerramento

Realizado pela Arte Usina Caeté, o *VIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO
CAETÉ – FICCA*, tem parceira do Centro Cultural Cineclube Casa do Professor, Cineclube
Amazonas Douro, WFK-Direitos Humanos, Multifário Arte, com apoio do Governo do Pará,
via Lei Semear/Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Prêmio Preamar/Secretaria de
Estado de Cultura.

Sobre o FICCA
Idealizado e produzido por Francisco Weyl, o Festival Internacional de Cinema do Caeté –
FICCA já é uma marca consolidada entre os festivais de cinema brasileiros, de caráter
regional e internacional, sendo a cinematografia africana, lusitana, latina, brasileira – e
amazônida, o que o sinaliza.

Aberto à diversidade, o FICCA é espaço onde ecoam falas e imagens de realizadoras e
realizadores sem visibilidade e engajados nas comunidades. De acordo com Francisco, o
Festival propõe alternativas para democratizar o audiovisual, na perspectiva de fortalecer e
desenvolver a cadeia setorial na Região dos Caetés.

Segundo seu realizador, o FICCA “quer afirmar o cinema a partir da Amazônia e reforçar o
cinema feminino, indígena, lgbtqia+, provocar diálogos em projetos culturais que revelam
poéticas cinematográficas locais, sob diversas linguagens e formatos, alguns influenciados
pelo próprio festival, que tem expandido e consolidado a sua proposta inclusiva e
colaborativa com ações culturais e projeções de filmes em espaços regionais ou em países
estrangeiros como Portugal e Cabo Verde, além do Brasil”.

Weyl ressalta ainda que o FICCA “inverte a lógica do mercado, substitui a relação
hierárquica pela construção colaborativa e coletiva via redes solidárias de compartilhamento
de conhecimentos/práticas que envolvem e reconhecem as comunidades locais,
transformando-se numa troca de experiências dialógicas com projetos audiovisuais
autorais”, afirma.

O VIII FICCA é organizado pela ARTE USINA CAETÉ, em parceria com o Centro Cultural
Cineclube Casa do Professor, Cineclube Amazonas Douro, WFK-Direitos Humanos,
Multifário Arte, com patrocínio do Governo do Pará, via Lei Semear/Fundação Cultural do
Pará Tancredo Neves, Prêmio Preamar/Secretaria de Estado da Cultura.
© FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO CAETÉ

Serviço:
Mostras Paralelas do VIII Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA
Dias 13 e 14 de dezembro
Cine Líbero Luxardo, das 14h às 19h

Lançamento do documentário “Vicente Franz Cecim ó Serdespanto – Viagem a
Andara”, de Bruno Cecim
Quarta-feira, dia 14, às 15h
Cine Líbero Luxardo
Toda a programação tem entrada franca.

Fonte: Assessoria de Imprensa