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Duas exposições imperdíveis em Belém (mas é por pouco tempo)!

Belém está com duas exposições que envolvem arte, cultura e ancestralidade. As duas estão no espaço São José Liberto, com entrada gratuita. A “Menire: A mulher kayapó e seu trabalho” traz artefatos feitos pelas mulheres da etnia Kayapó, além de fotos e um pouco da história desse trabalho. A “Sou do Santo” traz joias, artefatos e poesias inspiradas nos orixás. Vamos por partes.

Exposição Menire: A mulher kayapó e seu trabalho

É a primeira vez que essa exposição sai de Brasília, onde ela acontece desde 2019. A exposição reúne um rico acervo fotográfico, exposto em painéis junto com artefatos e informações do povo Kayapó, destacando a importância do papel das mulheres na transmissão da cultura do seu povo.

A riqueza do trabalho dessas mulheres pode ser visto e adquiridos pelos visitantes. São pulseiras, colares, brincos, materiais de decoração, além de bolsas e sapatos, tudo feito a mão. Quem visita a exposição também tem a oportunidade de fazer pinturas corporais.

Na abertura oficial da exposição, o vice presidente do Instituto Kabu, Mydjere Kayapó, disse que iniciativas como essa contribuem para a valorização da tradição, cultura e arte das menire (mulheres Kayapó).

“É muito importante para as menire que as artes delas estão sendo valorizadas e elas estão muito felizes com isso. Essa exposição está aberta para que todos possam vir conhecer a nossa cultura”, destacou Mydjere Kayapó .

A “Menire: A mulher kayapó e seu trabalho” fica no espaço São José Liberto até o dia 10 de setembro.

Exposição Sou do Santo

Mais de 100 joias inspiradas nos orixás fazem parte dessa exposição cheia de detalhes e devoção.

As peças estão separadas por famílias de joias, cada uma dedicada a um determinado orixá, como Iemanjá, Oxossi e Xangô.

Lídia Abrahim é a criadora da “Eu sou do Santo”. Designer por formação e praticante da religião mina-nagô, ela cria joalheria de devoção e homenagem há 10 anos.

“Não se trata apenas de uma joia, mexe muito com o meu coração, com a minha emoção. Sou grata aos conhecimentos ancestrais que essa religião me possibilita”, destacou Lídia ao contar que a exposição é fruto da Lei Aldir Blanc.

Ao criar a exposição, Lídia Abrahim pretendia trazer, junto com as suas joias, um conteúdo que pudesse servir de informação pra quem não tem conhecimento das religiões afro brasileiras.

Cada família de joias é exposta em uma área e vem acompanhada de uma poesia criada por Aline Janey Melo, especifica para o orixá homenageado. Junto com ela, cerâmicas produzidas pela Família Santana com expressões e referências visuais referentes ao orixá. Tudo muito delicado e bonito.

A exposição Sou do Santo vai até o dia 08 de setembro. Vá com calma para apreciar todos os detalhes.

Local: Salão de Exposição do Espaço São José Liberto
Horário: de terça a sábado, de 10h às 18h e aos domingos e feriados, de 10h às 14h

Por Dani Filgueiras, Colunista Pará Trip