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Piscinas naturais em Tailândia, nordeste paraense

Tailândia, no nordeste paraense, me surpreendeu em vários aspectos no início do verão. Se apresentou com uma cidade com um enorme potencial para o Turismo, mas isso ainda não é o forte na região. Conheci o local a convite de amigo, que me disse que haviam inúmeros lagos naturais no entorno do município. Ao chegar lá percebi que os balneários, na verdade, são verdadeiros oásis para o descanso e curtir a natureza. Compartilho um pouco da minha experiência como quase mochileiro por lá. Desta vez não tenho dicas de pousadas, mas hotel é o que não falta na cidade.

Quem for de carro, o principal acesso a Tailândia é para rodovia PA-150 (seguindo pela Alça Viária, quem sai de Belém). São 240 quilômetros da capital paraense até lá e o trajeto dura, no mínimo, entre 5 a 6 horas, uma vez que a estrada está ruim. Há muitos buracos. Apesar disso, vale a pena fazer essa viagem! De preferência de dia. A noite não é seguro devido as condições de pavimentação da pista.

O clima quente e seco é bem parecido com o que gente sente na região Sul do Pará (Marabá). Quem passa pela cidade, cortando apenas a estrada, olha de um lado e outro e tem a sensação de que, ali, seria apenas um lugar de passagem. Engana-se! Os melhores balneários e igarapés da região não estão necessariamente às margens da rodovia ou no centro da cidade, e sim ao final de ramais de piçarra – verdadeiras rotas radicais – para quem gosta busca de um paraíso perfeito.

A aventura surpreende e revela algumas maravilhas que podem ser conhecidas indo, inclusive, de bicicleta. No tempo chuvoso, os ramais que levam aos balneários Clube Fachetti e Parque Verde lembram bastante uma pista de Rally. Quem não tiver segurança ao volante vai ficar atolado.

Radicalismo à parte, os dois balneários são piscinas naturais formadas a partir de olhos d’águas e cacimbas. Com estruturas distintas, os dois ambientes definem em um conceito de oásis “escondidos” em Tailândia.

O Clube Recreativo Fachetti fica distante a cerca de 15 minutos do centro da cidade. Seguindo pela PA-140, no sentido em direção a Marabá, o acesso ao balneário é por um ramal. Da rodovia até o clube, são cerca de 800 metros de estrada de piçarra. O espaço fica numa propriedade privada e a entrada é paga. Há vagas para estacionamento. Trata-se de um lago natural em que o proprietário da terra construiu duas piscinas e um pequeno “córrego”. O seixo contrasta com o espelho d’água verde e cristalino, transmitindo uma beleza particular. É impossível resistir a um mergulho.

Já o balneário Parque Verde, ele mantém a estrutura rústica de um igarapé, mas de águas também verde e cristalinas. O espaço fica na estrada vicinal, cujo acesso também é pela rodovia PA-150, no sentido Marabá.

Ao contrário do Fachetti, o Parque Verde não é tão próximo da área urbana. Da rodovia até o balneário são cerca de 8 Km de estrada de terra. A lama durante a chuva tornam a Vicinal perigosa para tráfego de veículos, mas a aventura vale a pena. No trajeto algumas fazendas garantem a beleza da paisagem.

No Parque Verde não é permitida a entrada de bebidas, mas o visitante pode levar comida. O espaço oferece churrasqueiras. Na beira do lago (piscina natural) pontes de madeira garantem mais conforto aos banhistas.

Por Denilson D´Almeida , colunista Portal Pará Trip