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Prefeitura avalia que Belém é a cidade ideal para sediar a COP-30

A cidade de Belém, capital do Pará, foi oficialmente indicada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para sediar a Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas em 2025 (COP-30) na véspera do aniversário de 407 anos da cidade, no dia 11 de janeiro. A decisão de Lula se deu após receber carta do prefeito Edmilson Rodrigues, e pedido do governador Helder Barbalho, solicitando que Belém seja a sede da Conferência.

A COP é um dos maiores encontros climáticos do mundo: debate e aponta soluções para questões como o aquecimento global e a destruição das florestas tropicais. O encontro acontece anualmente em grandes e modernas cidades do mundo, como Glasgow, Sharm el Sheik e Dubai. Caso a indicação de Belém para sediar a COP-30 seja aceita pela Organização das Nações Unidas (ONU), será a primeira vez que uma cidade localizada na região da Amazônia Legal receberá o encontro.

Centro de convergência

Tendo em vista esse cenário, o coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura de Belém, Luiz Arnaldo Campos, analisa a indicação da capital paraense. “Não existe uma cidade melhor na Amazônia para sediar uma COP do que Belém. Pelo simbolismo da Cabanagem, por ter a única Prefeitura de capital amazônica à esquerda no quadro político e, principalmente, por ser um centro de convergência dos movimentos indígenas, dos camponeses sem-terra, dos quilombolas, das mulheres, das periferias urbanas e da juventude”, detalha Luiz Arnaldo Campos em artigo escrito sobre a indicação de Belém à COP-30.

No mesmo texto, Luiz diz que a realização da Conferência em 2025, em Belém, deve ser vista, em primeiro lugar, como um resultado do expressivo avanço da luta dos povos amazônicos. O coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura ainda faz um resgate de um outro evento de cunho social e ambiental que Belém sediou recentemente.

“Não por acaso, a décima edição do Fórum Social Pan-Amazônico, em julho de 2022, em Belém, reuniu 15 mil participantes dos nove países que compartilham a bacia do rio Amazonas, com uma expressiva representação de indígenas, notadamente mulheres, destes países”.

Críticas

Luiz Arnaldo Campos também fala a respeito das críticas que Belém recebeu após ser indicada para ser a anfitriã da COP-30, em 2025. Segundo Campos, sempre existirá quem diga que a cidade não está preparada para acolher um evento de tamanha magnitude e apontará para as deficiências em infraestrutura, transporte e esgotamento sanitário.

“Porém, eu penso exatamente o contrário. Já está na hora dos senhores do mundo pararem de discutir o futuro da humanidade nos poucos nichos de prosperidade que este planeta dispõe. É hora de ver, cara a cara, as consequências de um modelo perverso que destrói a natureza e a humanidade. E mais do que ver, ouvir e sentir a força dos despossuídos”, afirma Luiz Arnaldo Campos.

Texto:
Fabricio Lopes
Fonte: Prefeitura de Belém