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Às margens do Rio Tapajós, Santarém se revela em paisagens e cultura
Se você procura um lugar com clima de interior e estrutura de uma cidade grande, esse recanto é Santarém. A Pérola do Tapajós, batizada assim por causa do rio que banha a cidade, é o terceiro município mais importante do Pará, sendo o centro urbano e econômico do oeste do estado.
A forma mais fácil de chegar a Santarém é de avião. Há voos saindo de diversas cidades do Brasil, com escala em Belém. Da capital paraense para Santarém, o tempo de viagem dura 1h20. Quem tem tempo livre e espírito aventureiro, pode optar por fazer a viagem pelas águas, já entrando no clima ribeiro da cidade.
A mistura das paisagens naturais e arquitetônicas faz de Santarém uma das cidades mais bonitas do estado. O município reúne mais de 100 quilômetros de praias de água doce, com paisagens de tirar o fôlego, além de cachoeiras, florestas, lagos, igarapés e ilhas. O rio onde Santarém fica às margens já é um espetáculo à parte. O Tapajós se diferencia de outros da região pela cor de suas águas cristalinas azul-esverdeadas. É destas águas que muitos santarenos tiram seu sustento, pois boa parte da economia do município está ligada à pesca.
Também é de frente para o rio que o movimento da cidade acontece. Seja de dia ou de noite, a vista para o Tapajós é bonita a qualquer hora. A orla repleta de quiosques, bares com música ao vivo, restaurantes e lanchonetes, é utilizada para caminhadas e passeios. O local também concentra o Terminal Fluvial Turístico, com informações e venda de artesanato e comidas típicas. Do terminal saem passeios para o encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas. O primeiro fica bem às margens da cidade e tem águas claras e quentes. Mais distante, do outro lado, está o rio Amazonas com águas barrentas e frias. O encontro dos dois é patrimônio cultural do estado e chama a atenção não só pelo contraste espetacular do encontro de rios tão diferentes, mas também pelo fato das águas não se misturarem. O passeio para o encontro das águas permite ver mais de pertinho a beleza que são os botos, pulando e aparecendo como se tivessem se exibindo ao público. O encontro dos rios pode ser visto da orla, mas fica ainda mais bonito subindo o mirante do local.
E não é só de paisagens naturais que vive Santarém, por ser uma cidade antiga e histórica, o município também reserva belezas arquitetônicas. Entre as construções históricas, estão a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, o Solar do Barão de Santarém e o Centro Cultural João Fona.
Para quem procura turismo gastronômico, a Pérola do Tapajós tem em abundância. A pedida são os peixes da região, como o tambaqui, pirarucu, pirapitinga e tucunaré, servidos de diversas formas. Há inúmeras peixarias espalhadas pela cidade e outras mais distantes que podem ser acessadas por estradas e ramais.
Alter do Chão, paraíso natural ao alcance dos olhos
Santarém também é cercada por um circuito de praias de água doce. A mais famosa é Alter do Chão, localizada na margem direita do Tapajós. A vila pode ser acessada via PA-457, a apenas 30 km de Santarém, ou pelo rio, trajeto que leva cerca de 3 horas. Desde que foi escolhida pelo jornal inglês The Guardian como a primeira entre as 10 praias mais bonitas do Brasil, a aldeia de pescadores passou a atrair cada vez mais turistas. As belas praias de areia fina, banhadas pelas águas esverdeadas do Tapajós resultam numa vista paradisíaca.
As praias se formam no período da vazante do rio, entre agosto e fevereiro, sendo o mês de setembro a melhor época para visitar o local. É nesse mês que o volume de água diminui e bancos de areia se formam. Também é em setembro que a vila realiza a Festa do Sairé, uma das manifestações culturais e religiosas mais tradicionais do Pará. Realizada desde o século XVIII, a festa reúne procissões, apresentações de danças e teatro ao ritmo do carimbó. É uma mistura de religião e cultura, do profano e do sagrado que tem seu ponto alto na disputa entre os botos Cor-de-rosa e Tucuxi.
Alter do Chão possui boa infraestrutura turística, com vários hotéis e pousadas, além de restaurantes e barracas com comidas típicas, como o famoso bolinho de piracuí. Há também inúmeras lojas e artesanatos e o Centro de Preservação da Arte e Cultura Indígena, que é conhecido mundialmente como referência do legado dos povos da Amazônia. Além da Praia do Amor, que fica bem de frente para a vila, também é possível fazer passeios de barco para localidades mais distantes, como a Praia do Cajueiro, a Praia de Ponta de Pedras, a Ponta do Cururu, o Lago Verde e a Floresta Nacional dos Tapajós.