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VoltarSOS Amazonas arrecada mais de R$ 8 milhões e reverte em apoio ao combate a pandemia em Manaus
Por Christina Hayne
Abrajet Pará
DRT 1759/PA
Resultados confirmam o alto grau de solidariedades de representantes de organizações não governamentais, artistas, empresários brasileiros e população em geral. Mais de R$ 8 milhões já foram arrecadados até o último dia 23 de janeiro do corrente ano, pelo Movimento Solidário em torno da campanha “SOS Amazonas”. Entre outros equipamentos e insumos, esta semana será entregue quatro pequenas usinas de produção de oxigênio em Manaus, que irão ajudar ao tratamento e recuperação aos acometidos pela Covid-19. Entre os recebedores, a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e a Fundação Centro der Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON).
A fim de contribuir com a redução do colapso da saúde pública no estado do Amazonas, e neste meio, milhares de infectados pelo coronavirus que precisam de ajuda, o valor arrecadado pelo coletivo de entidades não governamentais foi direcionado para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual para Profissionais de saúde (EPIs), recipientes de oxigênio em gás e líquido e pequenas usinas de produção de oxigênio, ventiladores pulmonares, máscaras de Ventilação Não Invasiva (VNI), medicamentos e outros insumos.
Até a última semana, um total de 17 municípios recebeu a doação de equipamentos adquiridos na campanha SOS Amazonas. A distribuição, até o momento, se deu na capital amazonense e municípios de Iranduba, Manaquiri, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Manacapuru, Carreiro da Várzea, Presidente Figueiredo, Carreiro castanho, Autazes, Anori, Anamã, Nova Olinda, Itapiranga, Urucará, Tapauá e Manicoré receberam equipamentos adquiridos pelo Movimento Solidários.
No período de 16 a 23 de janeiro o SOS Amazonas garantiu a distribuição de 86 mil litros de oxigênios; 15 BPABs; 20 CPABs; 4 ventiladores pulmonares; 19.160 EPIs; 10 máscaras de Ventilação Não Invasiva; 22. 509 unidades de medicamentos e ainda 4 mini usinas de produção de oxigênio, sendo que, destas, duas encontram-se na Infraero, em Manaus e outras duas estão a caminho da capital amazonense.
A iniciativa reúne 10 entidades não governamentais e mais de 100 voluntários e integrantes das entidades da sociedade civil, que se mobilizam junto a empresários, empresas e investidores para ajudar a reverter o cenário caótico, que confirma um aumento de 147% quanto ao número de infectados pelo Covid-19, alto grau de contágio e aumento do número de óbitos.
Suelen Karoline Prestes Araújo, presidente do Instituto Ágape e uma das coordenadoras da campanha SOS Amazonas, ressaltou a ausência do estado ao combate à pandemia e a falta de planejamento para interrupção do contágio. Ela disse que a curva ascendente de infectados foi veloz e que a difícil realidade fez com que ela, através do Instituto Ágape e outras nove entidades se juntassem para dar início a campanha que em 15 dias conseguiu arrecadar mais de 8 milhões em doações. Esclareceu que todo recurso recebido e sua utilização está explícita no Portal da Transparência, com a identificação das devidas notas fiscais e informações de fornecedores.
“Não é fácil estar na linha de frente de uma equipe de voluntários em meio a uma pandemia. Estamos vivenciando essa realidade dia e noite. Ver pessoas morrerem sem atendimento ou por falta de insumos básicos é, infelizmente, minha rotina atual, por isso deixo de lado o medo de contrair o vírus e vou para campo ajudar. O esforço da várias equipes voluntárias de alguma forma está dando resultado e nosso apoio e de todo o Brasil está chegando aos municípios, aos hospitais, em abrigos e também na casa das pessoas. Muitos estão se tratando na própria residência e o coletivo SOS Amazonas faz chegar oxigênio e outros insumos também a essas famílias”, declarou Suelen Araújo.
A coordenadora enfatizou a importância à divulgação do trabalho, pois, segundo a coordenadora, foi por meio da divulgação que o grito por socorro da população do Amazonas foi ouvido em todos os estados e o resultado, segundo Suelen, são as doações que não param de chegar. Por esse motivo e sob o senso da responsabilidade, o coletivo faz questão de prestar contas da utilização do recurso obtido por meio da campanha SOS Amazonas.
A superlotação em hospitais na capital amazonense fez com que muitos pacientes optassem por permanecer nos locais de origem, mesmo sem leitos e sem insumos. A crescente demanda em hospitais do interior, a exemplo de Macacuru, Coari e Parintins aumentou muito o uso de oxigênio e a falta deste insumo básico fez com que pacientes fossem a óbito por asfixia. No hospital Regional de Coari, 7 pessoas foram a óbito por falta de oxigênio, no último dia 19. Mediante a falta de estrutura e a fim de reduzir o caos, optou-se pela transferência de pacientes em estado grave para outros estados.
Na região Norte, além do Amazonas, os estados do Pará e de Rondônia também estão em estado de alerta quanto ao aumento de casos, a taxa elevada de ocupação dos leitos do sistema público e privado de saúde, assim como, capacidade reduzida para atendimento aos que buscam por socorro em meio à pandemia.
Entre as providências, a transferência aérea de pacientes dos três estados, Amazonas, Rondônia e Pará e medidas restritivas estão em andamento para interromper o crescimento do número de sepultamentos. No Amazonas, por exemplo, esse percentual aumentou em 193% e o governador do Amazonas, Davi Almeida, decretou estado de emergência por 180 dias.
No Pará, o alerta vai para a região oeste do Estado, divisa com o Amazonas. Lá, às fronteiras fluviais encontram-se fechadas por determinação do governador Helder Barbalho que decretou a proibição à navegação de embarcações com passageiros vindos de outros estados.
É certo que a distância e a ausência de estrutura dificultam o socorro na Região Amazônica, e essa característica também se estende a terras paraenses. As condições do sistema de saúde dos municípios de Faro, Terra Santa, Oriximiná, Alenquer e Juruti estão sendo monitoradas. Governador Helder Barbalho determinou a instalação de usinas de oxigênio no Hospital Regional, em Oriximiná, com carga de 6.500 kg. Para socorrer a deficiência de Faro e localidades de entorno e municípios próximos, está aportado na região o navio-hospital Papa Francisco e a fim de reduzir a demanda e garantir atendimento, pacientes também estão sendo transferidos via aérea para outras regiões do Pará.
Ainda como medida restritiva, Hélder Barbalho atualizou o Decreto 800/2020, que consiste na fiscalização de estabelecimentos e aplicação de multas para aqueles descumprirem a determinação que prevê o não funcionamento de bares, boates, casas de shows e similares. Restaurantes podem exercer suas atividades respeitando o distanciamento social, disponibilizando itens de higiene e oferecendo entretenimento com até seis músicos e som ambiente.
À Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo no Pará se conectou com o movimento solidário, a fim de contribuir com a divulgação da iniciativa em vários estados brasileiros continuadamente. Além do Pará, jornalistas especializados em turismo nos estados de Sergipe, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Maranhão, São Paulo e Santa Catarina aderiram ao movimento de divulgação em favor da campanha SOS Amazonas. Oficialmente, a Abrajet Nacional encampa a campanha “SOS AM”, com a divulgação em rede denominada “Abrace o Amazonas”.
A Campanha “Abrace o Amazonas”, consiste na divulgação junto aos estados de atuação da Associação Brasileira de Jornalistas em Turismo para sensibilizar àqueles que quiserem ajudar à população do Amazonas em meio ao caos estabelecido por conta da ausência de um sistema público de saúde estruturado, problema antigo que está levando muitas pessoas contaminadas pelo coronavírus à morte. Sem insumos básicos, sem equipamentos de proteção, sem equipamentos de contenção e tratamento da doença, à população do Amazonas continua pedindo socorro e à Abrajet é mais uma entidade que solidariedade com a realidade no Estado do Amazonas.
A campanha SOS Amazonas recebe doações de quem quiser e puder contribuir: “SOS AM, a saúde precisa de nossa ajuda!”
As doações podem ser por meio da vaquinha virtual; por meio do compartilhamento on line dos banners de solidariedade e por meio de contas bancárias do movimento SOS AM.
Você pode ajudar ainda mais essa corrente do bem fazendo sua doação em uma das contas abaixo
Caixa Econômica Federal
Agência 1457 / C Poupança – 57.691-3
CNPJ: 01285730000815 – MORADIA E CIDADANIA
PIX: 01285730000815 MORADIA E CIDADANIA
PAG SEGURO
AG: 001/ C. CORRENTE 25936648-2
CNPJ: 375156480001-00 GAV – GRUPO DE APOIO VOLINTÁRIO
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92 981038708 / 92 992996792 / 92 981135632
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