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Teatro Margarida Schivasappa completa 36 anos de fundação, em Belém

O Teatro Margarida Schivasappa, localizado na Fundação Cultural do Pará, completa 36 anos neste domingo (26). O espaço passa por obras de reconstrução e deve reabrir para o público no segundo semestre deste ano. Construído na década de 80, em homenagem à professora de canto orfeônico Margarida Schivasappa, o lugar é um dos símbolos culturais do nosso estado.

A coordenadora do espaço, Priscila Ribeiro, conta que o Teatro tem grande importância no cenário cultural de Belém. “Ele comporta diversas pautas entre espetáculos teatrais, musicais, shows, eventos governamentais e stand-up comedy”, explicou.

“Todos tiveram seu grau de importância, como o Cura”, de Déborah Colker, e Epaminondas Gustavo, personagem eternizado pelo saudoso Cláudio Rendeiro, que nos deixou em 2022”, acrescentou a coordenadora Priscila Ribeiro sobre espetáculos que marcaram o Teatro.

Após a pandemia, o Teatro teve uma média de 80 espetáculos e um público de cerca de 29 mil espectadores. Para o agente de portaria Elias Osama, o espaço é necessário. Com 35 anos de atuação profissional no teatro, ele afirma que o lugar é querido pelos artistas. “Já tivemos muitos artistas bons, sabe? Como Eloi Iglesias, Simone Almeida, Cacau Novaes e Juliana Sinimbú. Quem se apresenta aí a primeira vez quer voltar de novo”, disse humorado.

O técnico de som e assistente cultural Fernando Costa explica que o motivo de tanto sucesso está na singularidade técnica do Teatro. “A caixa de som do Margarida é uma das maiores do Brasil. No nível da caixa do Teatro Castro Alves, da sala Martins Pena e do Nacional de Brasília”, detalha. Dentre as mudanças da forma, o técnico destacou a construção de um estúdio para gravação de áudio e de alguns programas.

Por ser um dos maiores e mais bem equipados teatros da cidade, o TMS também já foi palco para artistas conhecidos pela TV ou cinema nacional, orquestras, grupos de dança, teatro e circo.

Quem foi Margarida Schivasappa?

Margarida Schivasappa nasceu em Belém do Pará, em 10 de novembro de 1895. Filha de Henrique Schivasappa e Corina da Costa Schivasappa, ela estudou no Instituto Carlos Gomes e, após, se aperfeiçoou no Conservatório de Canto Orfeônico. Ela também foi aluna de Heitor Villa Lobos e chegou a ser saudada por nada menos que a dama do teatro brasileiro, Bibi Ferreira.

Margarida foi professora de canto, folclorista, membro da Academia Paraense de Teatro, diretora de teatro, carnavalesca e fundadora da Sociedade Paraense de Educação. Ela é considerada um ícone que atuou decisivamente para o crescimento das artes cênicas na Região Norte.

Texto de Álvaro Frota

Fonte: Agência Pará